Copa em VT

Previsões para quem estará trabalhando na hora dos jogos da Copa do Mundo de 2006

quinta-feira, junho 15, 2006

Lembretes



- Desde a Copa de 1950, a única vez que Brasil ou Alemanha não estiveram na final da Copa foi em 1978, quando a Argentina venceu a Holanda na decisão.

- O Equador é o segredo mais bem guardado da Copa, mas agora que chamou a atenção dos holofotes terá que conviver com a pressão de ser cobrado.

- O UOL deu uma tremenda bola fora ao lançar a enquete: Ronaldo de 2006 é o Garrincha de 1966? As partidas da Copa da Inglaterra sequer foram transmitidas pela televisão. E, convenhamos, mesmo se tivessem passado, apenas pessoas com mais de 50 anos poderiam votar com propriedade. E este, certamente, não é o público que vota em enquete marota de internet.

quarta-feira, junho 14, 2006

Para pregar no vestiário



Os mesmos jornalistas que pregam que no Brasil não respeitamos os ídolos, são aqueles que atacam os nossos craques na primeira oportunidade. É impressionante como quase toda a imprensa execrou Ronaldo pela partida apática que ele fez contra a Croácia.

Cabe sempre lembrar que este mesmo Ronaldo foi considerado aleijado em matéria da Folha de São Paulo quando machucou o joelho contra a Lazio, em 2000. Afirmaram que ele não jogaria mais. Pois Ronaldo destruiu na Copa de 2002, fomos campeões, ele artilheiro e hoje tem o mesmo número de gols de Pelé em Mundiais.

Abaixo, o texto de Juca Kfouri, este pretenso dono da verdade, que pediu em seu blog que Parreira não coloque mais Ronaldo na equipe por respeito à sua história. Pois respeito é justamente o que lhe falta, Kfouri.

Não subestime o coração de um campeão como Ronaldo!

"Em respeito a Ronaldo, é preciso apelar: não o escale mais, Parreira.

Ronaldo parecia um pugilista pesado e grogue no ringue, depois de um soco na ponta do queixo.

Não sabia o que fazer com a bola, não se ligava no que acontecia em sua volta, não nada.

O nosso [problema], neste momento, é um só: preservar Ronaldo"

A estréia



Pensemos em tudo o que foi falado antes da estréia brasileira. Durante todo o ano foi dito e escrito pela imprensa que não tínhamos uma defesa confiável, que nosso goleiro estava em péssima fase, os laterais velhos, a zaga desprotegida.

Não foi nada disso que se viu na estréia. Se o quadrado fracassou retumbantemente, a defesa foi perfeita. O Brasil não tomou contra-ataque e, pelo que me lembro, a Croácia jamais entrou na área brasileira com a bola dominada.

Dida defendeu apenas bolas chutadas de fora da área, com a dupla de zaga postada e os volantes marcando. Os croatas arriscaram de longe pois percebiam que não daria para passar tocando. Nosso goleiro se destacou, defendeu três bolas bem chutadas, mas fez mais do que isso: colocou-se estupendamente, defendendo sempre em dois tempos, sem precisar saltar, com tranquilidade e segurança.

Portanto, na minha opinião, a vitória não valeu apenas pelos três pontos, mas para avaliar e atestar nosso sistema defensivo tão criticado. O ataque foi fraco, Ronaldo apático, Adriano jogando muito longe da área - talvez tentando marcar mais do que precisa - e Ronaldinho Gaúcho, marcadíssimo, errando praticamente todos os passes que tentou.

O Brasil pecou justamente nos dois pontos que Parreira mais treinou durante a preparação: posse de bola e saída rápida com os atacantes. A Seleção ficou apenas 50% do tempo com a bola, número baixíssimo para os padrões Parreira, e não teve muitas oportunidades.

A equipe melhorou com Robinho não tanto pela atuação do ex-santista, mas pela apagada presença de Ronaldo em campo. Ressalva seja feita: o Fenômeno joga muito e deve ser mantido e incentivado.

Contra a Austrália o Brasil tem que melhorar sua posse de bola e as tabelinhas rápidas. Se fizer isso, a equipe cresce e com o sistema defensivo sólido podemos fazer a atuação que todos esperam.

domingo, junho 11, 2006

Quem ele é?



Essa é uma verdadeira curiosidade. Pouca gente deve saber. O jogador da foto é o autor do primeiro gol brasileiro em Copa do Mundo: Preguinho. Por trás de um apelido digno dos bons tempos de nomes simples no futebol nacional, esconde-se um sobrenome pomposo, e um pai famoso.

Preguinho na verdade se chamava João Coelho Netto, filho do escritor e imortal Coelho Netto. O pai morava exatamente em frente ao campo do Fluminense e detestava futebol - chegou a escrever alguns artigos contra o esporte -, mas o filho logo se encantou pelo jogo e se tornou atleta do Tricolor, no quintal de casa.

Coincidentemente, moro atualmente na Rua Coelho Netto, em frente ao Fluminense. Preguinho, injustamente, não se tornou nome de rua no Rio.

The last one standing



Ao ver o Lazoroni no programa da Manchete 2006 agora à noite na televisão fiquei pensando o motivo dele ainda ter tanto espaço na imprensa esportiva brasileira. Mas, se pararmos para pensar, ele é o único treinador brasileiro em Copa que esta no país no momento, descontando, obviamente, os mortos.

Zagallo (19770, 1974 e 1998), Parreira (1994 e 2006) e Felipão (2002) estão trabalhando na Alemanha. Com o falecimento de Telê (1982 e 1986), Lazaroni assumiu o trono sem adversários, já que Coutinho (1978), Feola (1958 e 1966) e Aymore Moreira (1962) já foram há muito tempo. Os das Copas anteriores então...

Ou seja, motivo para o Lazoroni ser lembrado tem, mas convidá-lo para falar as mesmices de sempre não dá.

Como ganhar um bolão - jogo 9



Zico é ídolo. Impossível não partir deste ponto para comentar a partida do Japão. Em termos de qualidade futebolística, a equipe oriental é bem superior aos australianos. Se a Coréia do Sul atingiu o pico na Copa que disputou em casa, os japoneses chegam melhores só agora.

A diferença, além da experiência e genialidade do Galinho, é Nakamura, uma espécie de Alex do Japão. Dentre os 22 que estarão em campo neste jogo, ele é o único capaz de ganhar a partida sozinho, e não com gols, mas com passes milimétricos.

A Austrália assusta nas bolas paradas, mas Zico deve ter treinado bastante esse tipo de lance e não será surpreendido. Espero um jogo movimentado, com as duas equipes querendo ganhar por se acharem superior ao adversário.

JAPÃO 2 X 1 AUSTRÁLIA

Como ganhar um bolão - jogo 8



Colônia x Metrópole em campo no último jogo deste domingo. Portugal e sua "melhor seleção desde 1966" contra a "melhor Angola de todos os tempos". Parece emocionante, mas não deve ser. Com seu joguinho calculado, Portugal vencerá sem cansar muito.

Felipão é experiente e sabe que cancha internacional conta muito em Copa. Angola deve começar a partida afoita para mostrar serviço, enquanto os portugas cozinharão os minutos iniciais.

Com calma, Portugal abrirá o jogo pelas pontas, com Cristiano Ronaldo e Figo e dominará a partida. Depois é só Deco e Maniche tocarem a bola no meio campo.

A estréia que Felipão pediu aos deuses do futebol.

ANGOLA 0 X 2 PORTUGAL

Como ganhar um bolão - jogo 7



Cabeça-de-chave mesmo sem ter tradição em Copa do Mundo, o México estréia contra o Irã tendo que mostrar se o treinamento de dois meses para a competição, período bastante superior às demais seleções, serviu para fazer da equipe azteca uma das favoritas do torneio.

O adversário não é tão fácil assim. A belicosa esquadra do Oriente Médio foi elogiada por Zico, técnico do Japão, que enfrentou-os nas eliminatórias asiáticas. O selecionado iraniano é uma incógnita, e o México deve tomar cuidado e apostar no seu jogo coletivo, grande força da equipe, já que não conta com nenhum craque no elenco.

O resultado deste jogo depende muito dos primeiros 25 minutos. Se o México sair na frente, a partida está liquidada.

MÉXICO 2 X 0 IRÃ