Copa em VT

Previsões para quem estará trabalhando na hora dos jogos da Copa do Mundo de 2006

segunda-feira, junho 05, 2006

O drama inglês



Enquanto na Seleção Brasileira o máximo de preocupação que temos é com as bolhas do pé esquerdo de Ronaldo, na Inglaterra a situação é bem mais tensa. O atacante Wayne Rooney tem chances reais de ser cortado nas próximas 48h, o que praticamente sepultaria qualquer chance de título para o English Team.

O parrudo Rooney quebrou o pé na última rodada do Campeonato Inglês, há pouco mais de um mês, e desde então luta contra o tempo para estar pronto para a Copa do Mundo. No entanto, parece que ele está perdendo essa batalha. Embora já esteja correndo em volta do campo, Rooney está longe de ser liberado para uma partida de futebol com a intensidade que um jogo de Mundial pressupõe. Viajará para a Inglaterra na quarta-feira para fazer exames derradeiros e pode ficar por lá de vez.

O indício mais claro é que Jermaine Defoe, o stand by do English Team (algumas seleções já deixaram atletas de sobreaviso para, em caso de necessidade, eles não estarem fora de forma), já voou para a Alemanha para se integrar à equipe a qualquer momento.

A troca de Rooney por Defoe não seria apenas uma mudança de um atacante por outro. Rooney simboliza o garoto inglês atrevido, brigão, talentoso, convencido, e são essas características que o time da Rainha Elisabeth mais precisa para se conscientizar de que tem um time que pode ser campeão. Beckham e Owen são bons moços de mais, acostumados com derrotas na hora H; Rooney não. Usando uma expressão cunhada por Abel Braga, Rooney é aquele jogador que se recusa a perder.

Defoe, que no West Ham e, posteriormente, no Tottenham teve seus brilharecos, jamais jogou patavinas na seleção. Foram 18 partidas e apenas um gol. Formaria um banco patético ao lado de Walcott, o aprendiz de 17 anos que Eriksson convocou sem jamais ter atuado uma vez sequer pelo Arsenal, seu clube – no Brasil, era caso de internação, seguida de demissão, nesta ordem.

Sem o gordito, a Inglaterra iria com o raquítico Crouch como companheiro do inibido Owen. Peter Croch é um gigante de aproximadamente 2m01, mas que pesa no máximo uns 32 quilos – isso depois de um almoço caprichado em churrascaria rodízio. Pode fazer seus três golzinhos na Jamaica ou Trinidad e Tobago – lembre-se que Klose, o Crouch da Alemanha, fez quatro na Arábia no primeiro jogo de 2002 -, mas depois se esconderá atrás de uma trave qualquer e ninguém nunca mais ouvirá falar dele.

Sem Rooney, o Brasil ficará ainda mais perto do hexa. Com ele em campo, teremos, se tudo correr como esperado, uma semifinal para entrar para história.